terça-feira, 27 de abril de 2010

ano do tigre

os anos do tigre são acelerados, é preciso estar atento e forte. e alerta. neste ano, há que se estar dedicado, e ágil. no curso diário, dá-se com as situações que mesmo as mais fáceis representam um período instrutivo e importante. carneiro de fogo, tome nota! reserve um tempo para as atividades coletivas. e converse com outros sobre si, e sobre eles também. tente avançar. mesmo que você seja o antigo no futuro.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

VIII, ch. II

os ciganos

VII, ch. II

os filhos de caim

VI, ch. II

os paraquedistas

V, ch. II

pode imaginar a dor que a mulher ao lado sofrera. sentiu por ela uma compaixão inevitável. é que ela camufla mal seu arrependimento, e não sabe mesmo o que fazer com a solidão por que é o desamparo em carne viva. dizem certas cartas solares que cada mulher que tenha nascido sob o signo de virgem aprende a superar. desejo a ela que sim.

IV, ch. II

abril é o mês em que ela lê cartas alheias. ano após ano faz isso, deve ser a proximidade do inverno, com seus recalques, escuridão e peso incontornáveis. antes as achava, às cartas, perigosas, por que ficavam sendo pra sempre um segredo dela, algo do qual tinha se apropriado para sempre. agora não, a solidariedade a faz esquecer do que leu.
a quem se deve contar quando se tem esse hábito pouco nobre, de bisbilhotar a vida alheia? a ninguém, talvez. é como explicar um sonho seu a alguém diferente do analista que ouve seus resmungos toda segunda feira no meio da manhã.
sente um pouco de medo de destampar uma panela fervente. mas não, pensando bem, não é mais medo o que tem - isso é uma insignificância do temor;
é só um hábito,
tem tantos outros mais corrosivos, mais perversos consigo própria e os outros.
já maltrarara muito a si mesma quando respeitava os silêncios dos seus homens tirânicos, já sofreu por não ter tido a oportunidade de perdoar. agora aprendeu a deixar a ansiedade ficar a seu lado, morar consigo por uma tarde, não mais.
é capaz de sorrir por dentro da imensa semelhança entre as desgraças, as suas e as dos outros, todos aqueles que não conseguem se transformar em fazedores de arte, em criadores em estado puro - só estes sabem desconhecer as regras e saltar nos abismos- um depois do outro- da liberdade. não é assim conosco, as almas bem pequeninhas que imploram por iluminações profanas.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

XLVII

musicas em novas versoes me capturam irremediavelmente, por vezes penso que que poderia canta-las todas. e uma especie de vicio da minha geracao, todas as mulheres adorariam ser paula toller - a voz que so cresceu a despeito das cancoes banais e derramadas com que aprendeu a cantar. voltei para casa na ultima noite ouvindo brian adams em versao mais acucarada, mas que fica muito bem no lugar de um cartao em dia de namorados. entao, va la:

II, ch. II

a sexualidade é vulcânica.

I, ch. II

ela não perdoa a si mesma por não ver os amigos, afogada num turbilhão de coisas por fazer, de conversas repetidas ad nauseum que nem são as mais perdidas, e entretanto tomam toda sua imaginação. pergunta a si mesma onde está a "vida de tirar o fôlego" que o ar da cidade traz? se tudo tem se resumido a intermináveis reuniões no trabalho. um pouco de vácuo, por favor.